A GLOMEB e sua Organização.

A história da Maçonaria Egípcia no Brasil.

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As Nossas Raízes

Um Ledo Engano

Alguns maçons de pouco esclarecimento, embasados em publicações desatualizadas, pensam e divulgam por ai, sem responsabilidade alguma, que a Maçonaria Egípcia nasceu na França, teve seus dias de glória e por lá desapareceu. Estão enganados.

A Origem

A verdadeira Maçonaria Egípcia nasceu no Egito, nas terras de Memphis, desenvolveu-se por um longo período transferindo-se para o Cairo e depois foi absorvida pelo resto do mundo todo, principalmente na França, onde as Lojas, cada vez mais ecléticas e menos católicas puderam sentir a sua essência e adotá-la como maçonaria esotérica em contraposição as demais que se tornavam cada vez mais políticas e católicas e menos místicas do que realmente deveriam ser.

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A Maçonaria Egípcia na Europa.

Tivemos no Conde Cagliostro (Alessandro Cagliostro) um dos nossos maiores divulgadores e mantenedores da Maçonaria Egícpia, uma vez que fora o Grande Copta ou Grão Mestre da Maçonaria Egípcia em sua época.

1765 - 1795
A Fuga do Egito

Protetorado Britânico e Ascensão de Fuad I

Em 1914, a Inglaterra declarou o Egito como um "protetorado" e colocou no trono o Rei Ahmed Fuad, um descendente de uma família considerada "real" pelos seus súditos desde 1804. A família de Fuad era composta por maçons egípcios. Em 1922, uma comissão formada por Maçons Egípcios e ingleses negociou a independência do Egito junto ao Governo Britânico. Nesse mesmo ano, a Inglaterra concedeu a independência ao Egito, mas manteve o poder de interferir no país sempre que julgasse necessário, resultando em uma independência parcial.

1914 - 1922

Expansão e Perseguição Maçônica

Após a independência, a Maçonaria Inglesa obrigou todas as Lojas Maçônicas a aderirem ao Craft, proibindo a preservação de qualquer "rito originariamente egípcio". Muitos Maçons que não concordaram com essa imposição se mudaram para outros países da Europa e um pequeno grupo migrou para o Brasil, entre 1928 e 1933. Com a morte do Rei Fuad I em 1936, seu filho Faruk, também Maçom, assumiu o trono e continuou o desenvolvimento da Maçonaria no Egito. Em 1945, os Maçons Egípcios criaram a maior representação Maçônica já vista, a "Liga Árabe". No entanto, em 1948, com a criação do Estado de Israel e a subsequente guerra, a instabilidade no Egito aumentou, levando à perseguição dos Maçons após a derrota do exército egípcio e a perda de prestígio do Rei Faruk.

1928 - 1948

O Declínio da Monarquia e da Maçonaria no Egito

A instabilidade continuou após a derrota na guerra de 1948, culminando na abdicação do Rei Faruk em 1952, após um golpe liderado pelo Maçom e General Gamal Abdel Nasser. Apesar dos esforços de Nasser para proteger os Maçons, a Irmandade Muçulmana, contrária à permanência da Maçonaria, ganhou força. Perseguições continuaram, forçando muitos Maçons a deixar o Egito. A última Loja Maçônica, a "Loja Egípcia de Champollion", funcionou até 1970, quando foi fechada por um decreto influenciado pela Irmandade Muçulmana e pelos sábios da Universidade Al Azhar. Sob acusação de conspiração contra o Islã, a Maçonaria foi proibida no Egito, forçando os maçons a se reunir em clubes sociais e igrejas para continuar suas práticas. O último Grão-Mestre foi o Irmão Nabil Shidon. A Loja praticava dois ritos: o REAA de 1804 (introduzido pelos franceses), que sempre irritou os ingleses, e o Antigo e Primitivo Rito Oriental de Memphis-Mizraim.

1948 - 1970
A Maçonaria Egípcia no Brasil

Chegada dos Maçons Egípcios ao Brasil

Entre 1928 e 1933, os primeiros maçons egípcios chegaram ao Brasil, fixando-se principalmente nas áreas portuárias das cidades do Rio de Janeiro e Santos, no litoral de São Paulo. Para continuar suas práticas maçônicas, buscaram apoio em Lojas Maçônicas já existentes e encontraram acolhida nas Lojas do Direito Humano e na Sociedade Teosófica. Com isso, conseguiram estabelecer as primeiras Oficinas da Maçonaria Egípcia no Brasil.

1928 - 1933

Perseguição Durante a Era Vargas

Durante a Era Vargas, entre 1930 e 1945, os maçons egípcios foram perseguidos pelo governo, assim como todas as Lojas Maçônicas no Brasil, que foram fechadas pela polícia de Vargas. A perseguição começou em 1932 e se estendeu até 1938, repetindo-se durante a Segunda Guerra Mundial. Especialmente nos anos de 1940 a 1945, os maçons egípcios sofreram devido à sua condição de estrangeiros, sendo associados aos países do Eixo, apesar do Egito não ter se aliado a esses países.

1930 - 1945

Reconstrução e Expansão

Em 1954, o Irmão Octair de Luna Bertrand Fernandes, iniciado no Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) em Belo Horizonte, interessou-se pela Maçonaria Egípcia e difundiu seus preceitos em Minas Gerais. Nas décadas de 1970 e 1980, vários templos da Maçonaria Egípcia foram estabelecidos, destacando-se nas cidades do Rio de Janeiro, Santos e São Paulo. Esses templos ajudaram na fundação da Grande Loja Simbólica de Minas Gerais.

1954 - 1980

Encontros e Consolidação

Entre as décadas de 80, 90 e o início dos anos 2000 (até 2002), as Lojas da Maçonaria Egípcia, que operavam apenas sob esse nome, mantiveram suas atividades normais, mas não se preocuparam com o crescimento da organização. A ideia central dos Veneráveis Mestres era preservar a discrição e manter um pequeno número de membros. Entre suas atividades externas, destacava-se a participação junto à Loja São Paulo da AMORC, localizada na Rua Borges Lagoa e conhecida como "Grande Loja São Paulo", principalmente através de palestras. Também participaram ativamente da formação do Grupo Pró-Vida, trocando referências com seu fundador, o respeitável Maçom Egípcio e Rosacruz Dr. Celso Charuri, médico e filósofo, que infelizmente faleceu em 1981 aos 41 anos de idade. Foi ainda entre os anos 90 e 2000 que a Maçonaria Egípcia colaborou de forma decisiva para fundação de várias Lojas em conjunto com o Grande Oriente do Brasil e com o Grande Oriente Paulista. A diferença de visão esotérica fez com que a Maçonaria Egípcia se isolasse das outras potências maçônicas.

1980 - 2002
A GLOMEB

Fundação da GLOMEB

Entre 2009 e 2010, encontros foram realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro para eleger um novo líder jovem e conhecedor dos mistérios maçônicos. Através da união das Lojas Isis, Thoth e Osíris, foi fundada a Grande Loja Regular e Simbólica da Maçonaria Egípcia no Brasil (GLOMEB) em 3 de março de 2010, com Dr. Hélio Antônio da Silva como Grão-Mestre. Isso deu início ao novo ciclo desta forma de maçonaria, agora remodelada em sua parte administrativa e com uma visão mais atualizada de marketing com a finalidade de expandir os conhecimentos do Antigo Egito por todo o Território Brasileiro, sem perder o seu caráter esotérico. Atualmente, contamos com Lojas em Mirassol, São Paulo, Rio Verde e Rio Claro, estando em processo de ampla expansão.

2010 - Presente